Vinho
O vinho A L (Adega dos Leões) é um vinho verde da casta Vinhão, produzido na Sub-Região de Basto, na freguesia de Cavez – Cabeceiras de Basto.
Foi produzido a partir da seleção cuidada das melhores uvas da propriedade. As uvas foram vindimadas manualmente, em finais de setembro, e, depois de desengaçadas, o mosto, sem as massas, fermentou naturalmente, sem aditivos, em cuba inox, durante vinte dias, sendo engarrafado ainda antes de terminada a fermentação.
Resultou num vinho, também designado de Pét-Nat (*), de cor vermelho granada, de forte intensidade olfativa à uva e com nível de açúcar mais elevado, já que a fermentação não terminou na cuba. Na garrafa, conclui a fermentação, transformando parte desse açúcar em gás.
O engarrafamento, em outubro, foi realizado sem qualquer operação de filtragem ou estabilização, pelo que está sujeito a criar depósito.
Não contém sulfitos adicionados.
Foram engarrafadas 2.500 garrafas, sendo que este vinho deve ser consumido frio, entre os 7º e os 10º C, de modo a que se aprecie a sua frescura e acidez moderada.
Este é um vinho verde especial, vocacionado para novos padrões de consumo, destinado a momentos únicos, nomeadamente aperitivos, sobremesas ou refeições ligeiras.
Como recomenda a saúde: aprecie e beba com moderação!
(*) Pétillant Naturel, ou Pét-Nat, para abreviar! Apesar de popularidade recente, a sua origem é bem anterior à do Champagne. Pét-Nat não é um estilo de vinho, mas um método de vinificação.
Pét-Nat é um vinho produzido pelo método ancestral, um método de elaboração de vinhos efervescentes que é engarrafado antes de completar totalmente a sua primeira fermentação, finalizando a fermentação dos açúcares naturais na garrafa e, por via disso, libertando o “gás” natural. [A partir do texto de Manuel Moreira, em https://www.revistadevinhos.pt/tendencias/pet-nat-a-jovialidade-de-longa-tradicao]
A marca
Este vinho foi engarrafado com a marca ADEGA DOS LEÕES, utilizando as iniciais A L como distinção da marca original já reconhecida no mercado dos vinhos verdes tintos, como uma referência de qualidade e distinção.
Este é um produto novo da nossa Adega que procura aliar a qualidade e a tradição da vinificação natural sem adição de quaisquer produtos químicos, pelo que não contém sulfitos adicionados.
Um vinho jovem e refrescante!
A História
Margarida Vasconcelos é a herdeira e proprietária de parte do património que foi da Casa das Cortinhas, da família Vasconcelos.
Esta família iniciou-se em 1540, instalando-se em propriedades existentes naquele que se tornaria o lugar das Cortinhas, em Cavez. As propriedades estendiam-se pelos lugares das Cortinhas, da Trofa, do Estremadouro, do Salgueiró, da Veiga, do Quinchoso, de Palheiros, da Bouça, do Valibom e, quanto se presume, a família teve na vinha, desde sempre, a fonte dos seus rendimentos.
Por volta de 1870, o proprietário da quinta, Dr. António Vasconcelos, avô paterno de Margarida Vasconcelos, promoveu aquilo que se pode classificar como uma “revolução agrícola”. Passou por introduzir a produção de uvas em ramadas, construir modernos lagares em pedra e um armazém de grandes dimensões, de extrema operacionalidade, e ainda um alambique.
O investimento e os avanços inovadores na viticultura foram de tal modo significativos que, em 1888, os vinhos da casa foram premiados num concurso em Berlim, com um III Prémio, cujo galardão é um pequeno “tesouro” da Família.
Quando o Dr. Mário Vasconcelos faleceu, em 1971, a sua única filha, D. Margarida Vasconcelos, assume a gestão de todo o património familiar, nas condições testamentárias.
Porém, com as profundas alterações sociais e económicas ocorridas nos anos seguintes, bem assim com o crescendo de regulamentação e exigências quanto à produção e comercialização de vinhos, a venda a granel começou a ser substituída pelo engarrafamento e houve a natural necessidade de entrar no mercado regulado da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.
Em 2000, tornou-se imperioso renovar a vinha do Cerco da Trofa (1,5ha) e, nessa ocasião, colocou-se o dilema entre manter exclusivamente a produção de vinho tinto ou enveredar pela moda da ocasião, que apostava no vinho branco. A decisão foi clara. A casa era conhecida e reputada por séculos de produção de excelentes vinhos tintos. Manter essa linha era a opção adequada e na esteira da história familiar.
E assim foi!
Em 2007, para satisfazer as condicionantes técnicas exigidas, foi construída uma nova adega na mesma propriedade.
Em 2010, renovou-se a parcela do Cerco do Salgueiró (2,0ha) e, entretanto, arrendou-se mais uma parcela, no Carril (1,0ha).
Em 2018, a exploração agrícola passou a ser efetuada pela empresa Margarida Vasconcelos & Leites Lda, constituída para o efeito pela proprietária.
E, como foi ao longo da sua história, os vinhos continuam a ser produzidos de forma natural, sem adição de químicos ou de qualquer manipulação técnica.
Ao longo destes anos, a produção de vinho verde tinto, agora assim classificado, por registo na CVRVV, tem continuado a merecer o reconhecimento dos consumidores, dos apreciadores deste vinho peculiar e contado com variados prémios, nos principais concursos de Vinho Verde.
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